Orar Sempre e Nunca Desfalecer
Hoje, meditaremos em uma passagem poderosa do Evangelho de Lucas, capítulo 18, versículo 3, que nos diz: “uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.” Esta pequena frase, extraída da parábola do juiz iníquo e da viúva persistente, é um convite à reflexão sobre a nossa fé, a nossa perseverança e a certeza da justiça divina.
Imagine a cena: uma viúva, na sociedade da época, era alguém vulnerável, sem o amparo de um marido e muitas vezes sem recursos. Ela enfrentava um adversário, alguém que a oprimia, talvez tentando tirar o que lhe restava ou explorando sua fragilidade. Sem poder ou influência, ela tinha apenas uma arma: a insistência. Ela buscava o juiz, um homem que a princípio não temia a Deus nem respeitava ninguém, e incessantemente clamava por justiça.
Lucas 18:3 é um lembrete contundente de que, não importa quão fracos ou sem voz possamos nos sentir, temos um recurso inesgotável: a oração persistente. Assim como a viúva não desistiu de importunar o juiz, nós somos chamados a não desistir de buscar a Deus. Nossos adversários podem ser externos – pessoas que nos prejudicam, injustiças que sofremos. Mas muitas vezes, nossos maiores adversários são internos – a dúvida, o desânimo, o medo, a falta de fé.
O juiz da parábola cedeu não por compaixão, mas para se livrar do incômodo. Se até um juiz iníquo ouve por causa da persistência, quanto mais o nosso Pai celestial, que é bom, justo e amoroso? Jesus nos ensina que Deus “fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite” (Lucas 18:7). Ele não apenas nos ouvirá, mas fará justiça de forma perfeita e no tempo certo.
O que podemos aprender com esta viúva?
- Persistência na Oração: Ela nos ensina que a oração não é um ato único, mas uma atitude contínua de entrega e confiança. Muitas vezes, esperamos respostas imediatas, mas Deus nos convida a cultivar uma vida de comunhão constante com Ele. Não desista de orar, mesmo que a resposta demore.
- Fé Inabalável: Apesar de sua vulnerabilidade, a viúva tinha fé que a justiça era possível. Da mesma forma, devemos crer que Deus é capaz de operar maravilhas em nossas vidas, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis.
- Confiança na Justiça Divina: Ninguém pode fazer justiça como Deus. Ele vê o oculto, conhece as intenções e age com sabedoria e amor. Quando clamamos por justiça, estamos entregando a Ele o controle da situação, confiantes de que Sua vontade prevalecerá.
Que possamos ser como esta viúva, que não se calou diante da injustiça, mas clamou com persistência e fé. Que em cada adversidade, em cada desafio, lembremos que temos um Pai no céu que ouve, que se importa e que fará justiça.
32,9s
Deus abençoe a todos! Amém.

